PERGUNTAS FREQUENTES
Você tem alguma pergunta que queira me fazer? Oferecemos aos nossos pacientes o melhor cuidado e experiência possível. Quando se trata de sua saúde mental, qualquer pergunta é importante. Confira aqui as respostas para as perguntas mais frequentes, e não hesite em entrar em contato caso tenha outras dúvidas.
EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE CONSUMO?
Sim. Podemos distinguir entre consumo experimental, consumo recreativo, consumo abusivo e dependência. O uso experimental não leva necessariamente à dependência.
Mas se é importante saber a diferença entre uso e abuso de substâncias, também é fundamental responsabilizar quem as usa pelas consequências de suas decisões.
O QUE LEVA OS JOVENS A USAR DROGAS?
São vários os possíveis motivos que podem levar os jovens a consumir substâncias viciantes pela primeira vez. Podemos dizer genericamente que os fatores que impulsionam o consumo podem ser:
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Curiosidade
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Vontade de viver outras experiências
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Desejo de testar limites e quebrar regras
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pressão do grupo
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desafio à autoridade
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desejo de afirmar
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Informação incorreta ou falta de informação
COMO SE APROXIMA O TRATAMENTO DE UM VÍCIO?
Todo tratamento exige um estudo de caso completo. Não podemos dizer que existe um tratamento padrão para todos os casos, mas que cada pessoa precisa seguir um caminho adequado às suas necessidades. O que se pode dizer é que, em geral, o tratamento de qualquer vício obedece a um processo terapêutico pelo qual as pessoas passam:
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Desintoxicação - processo pelo qual a substância ou veneno é eliminado do corpo, conseguido com a suspensão do consumo
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Desintoxicação - Nesta fase, o que se pretende é uma mudança comportamental e cognitiva relativa ao consumo.
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Reabilitação - É conseguida com o desenvolvimento de competências pessoais, emocionais e sociais com vista à melhoria da qualidade de vida da pessoa
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Reintegração - Esta fase tem como objetivo a reintegração da pessoa nas diversas vertentes da sua vida.
O QUE É UM VÍCIO?
Durante muito tempo, o foco no estudo das adicções esteve direcionado essencialmente para as substâncias, vulgarmente designadas por drogas, no entanto, e sobretudo nas últimas décadas, verificou-se que este complexo fenómeno ocorre também com os comportamentos (internet, gadgets, jogos, pornografia, etc.). Falamos então de vícios químicos e comportamentais.
Nem sempre é fácil delinear os limites do que seria comportamento normal, hábito e comportamento viciante. Em termos gerais, poderíamos dizer que um hábito se caracteriza pela repetição de uma ação de forma voluntária e controlada sem que, por si só, represente um risco ou traga qualquer tipo de consequência. A diferença entre hábito e comportamento aditivo pode ser encontrada na perda de controle, dependência física e/ou psicológica, perda de interesse em atividades gratificantes e interferência significativa na vida diária.
A partir de diferentes perspectivas científicas, tenta-se encontrar um padrão que nos permita entender como surgem e se mantêm os vícios. A verdade é que o vício é sempre tão complexo quanto o próprio indivíduo, sua história, sua situação, seu ambiente, sua química e até mesmo seu tempo. Nesse sentido, o que realmente importa sobre o vício é a pessoa, seu sofrimento e seus entes queridos que sofrem as consequências.
O QUE É UMA RECIDÍCIA E COMO TRATÁ-LA?
A recaída, mais do que um acontecimento ou situação, é considerada como um processo e pode ser integrada na consolidação da mudança no campo das adições. Por muito tempo foi considerado um fracasso terapêutico e prova da irreversibilidade do comportamento aditivo - nada poderia estar mais longe da verdade! No caso hipotético de ocorrência de uma recaída, esta deve ser integrada no processo de formação da pessoa no sentido de deteção de situações e condições ou características pessoais de risco, por outro lado, o evento constitui uma oportunidade muito importante para o desenvolvimento de competências e recursos enfrentamento de situações ou momentos que possam representar risco. Em suma, a recaída não conta a história da pessoa, informa sobre suas dificuldades e onde está seu potencial de desenvolvimento.
O QUE É EMDR?
De InglêsDesensibilização e reprocessamento do movimento ocular(Dessensibilização e Reprocessamento através de Movimentos Oculares), esta terapia é endossada pela Organização Mundial de Saúde e pelas principais Diretrizes Clínicas Internacionais para o tratamento do trauma. A descoberta dessa técnica se deu ao acaso pela psicóloga norte-americana Francine Shapiro ao perceber que os movimentos voluntários dos olhos diminuíam a intensidade da angústia dos pensamentos negativos. Em 1989 Shapiro realizou a primeira investigação e acabou concluindo que o EMDR reduziu significativamente os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático em sujeitos traumatizados na Guerra do Vietnã e vítimas de abuso sexual. Ao longo destes anos, foram realizadas inúmeras investigações que comprovaram a sua eficácia e que permitiram alargar a sua utilização a um vasto leque de problemas clínicos.
A MACONHA VICIA? QUAIS TRATAMENTOS EXISTEM?
O uso de cannabis pode causar dependência psicológica e, eventualmente, dependência física. Numa situação de dependência poderá ser necessário recorrer a um profissional especializado.
Para além do problema da dependência, o consumo de cannabis envolve também outros riscos quer ao nível da saúde física, quer ao nível da saúde mental, como o aparecimento de estados de ansiedade, síndrome de desmotivação, etc...